Itaquá | Depois de aceitar

» Publicada em 15|12|09

Armando quer que Cadeião vá para Mogi

Após dizer que o empreendimento poderia ser instalado em Itaquá, o prefeito afirmou ontem que o município vizinho é que tem de ter o CPP do Estado

Monalisa Ventura 09/09/2009

Prefeito quer que o Centro de Progressão Penitenciária seja instalado em Mogi das Cruzes

BRAS SANTOS
De Itaquá

O prefeito Armando Tavares Filho (PR), o Armando da Farmácia, afirmou ontem que não quer mais a instalação de um Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Itaquá. A decisão de rejeitar o projeto foi tomada com base numa pesquisa de opinião cujo resultado apontou que 65% dos entrevistados são contra o empreendimento. Além de garantir que o CPP não mais será em sua cidade, Armando indicou que a cadeia deverá mesmo ser instalada em Mogi. Ele falou sobre o assunto ao final da cerimônia de transmissão do cargo para o seu vice-prefeito, Adilson Achando (PSDC). O prefeito tirou 21 dias para descansar e deverá retornar na primeira semana de janeiro.



Recuo
Armando disse que não quer mais o CPP depois de ser questionado sobre uma solução para o caso. Desde o ano passado, o Estado defende a construção do centro em Mogi. No primeiro semestre, ele informou que Itaquá poderia receber o CPP.

O prefeito usou as informações de uma pesquisa, cujos detalhes não revelou, para descartar a possibilidade. "A pesquisa do Ibope mostrou que 65% dos entrevistados não querem a instalação da cadeia. Por esse motivo, nós não vamos aceitar", argumentou.
Armando lembrou que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente reabriu o processo administrativo para a instalação de um aterro regional no distrito do Taboão. E essa iniciativa demonstraria que Mogi seria a cidade mais indicada para receber o depósito de lixo. Itaquá também é candidata a ter um aterro. Desde o mês passado, a secretaria analisa um pedido de licença da empreiteira Pajoan, que quer instalar um empreendimento deste tipo.




Popularidade
Na mesma pesquisa, o prefeito teria 75% de aprovação da população. De acordo com Armando, o porcentual revelaria a satisfação dos eleitores com o trabalho desenvolvido em 2009.
Nas ruas da cidade, dezenas de pessoas entrevistadas pelo DAT mostraram um cenário bem diferente. Mais de 90% fizeram duras críticas ao prefeito por causa da falta de investimentos, da violência e de outros problemas.

Fonte: http://www.diariodoaltotiete.com.br/