quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mogi | Protesto

» Publicada em 13|06|09

Entidades intensificam ação contra o Cadeião
Mais de 1,2 mil pessoas aderiram ao abaixo-assinado que será entregue à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP); ações de repúdio continuam hoje e amanhã
Jorge Moraes
Em quatro horas, cerca de 1,2 mil mogianos deixaram a assinatura no documento. Todos são contra o CPP em Mogi

NOEMIA ALVES
De Mogi

A Câmara Municipal e entidades que participam do movimento contra a instalação de um Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Mogi das Cruzes aproveitaram o final de semana, prolongado pelo feriado de Corpus Christi, para intensificar ações em repúdio à vinda do presídio.
Desde ontem grupos de verea-dores, funcionários públicos e líderes comunitários percorrem diversos pontos da cidade em busca de novas adesões ao abaixo-assinado que será remetido à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). As ações, além da coleta de assinaturas, acontecem até segunda-feira, quando integrantes da Comissão Especial de Vereadores (CEV) se reúnem com as entidades para fazer o balanço do movimento e definir novas estratégias. O encontro está marcado para as 18h30 na sala de reuniões da Câmara Municipal.
Ontem pela manhã, diretores e voluntários da Associação Amigos do Bairro Alto Ipiranga enfrentaram o frio e a chuva fina para colher assinaturas na área central da cidade. Segundo o secretário-geral da entidade, Lourival Gonçalves Filho, em quatro horas de atividades (das 10 às 14 horas) mais de 1,2 mil pessoas aderiram ao abaixo-assinado. "As pessoas estão preocupadas com as consequên-cias que o cadeião irá trazer à cidade, como falta de segurança, favelização e novas despesas", resumiu o presidente da associação Wilson Roberto de Oliveira.
A dona de casa Helenice Solanco, 72 anos, e a filha, Rita Suzana Sagawa, 51, fizeram questão de assinar o documento. "É uma questão de cidadania, de escolher o que é bom ou não para Mogi", disse a idosa. "O ideal é que o governo trouxesse investimentos para a cidade e não prejuízo. O Taboão já foi cotado para receber lixão, agora Cadeião, por que não um aeroporto? Seria mais emprego e economia para a cidade e região", questiona Rita.
O casal de namorados Gabriele Soares e Luiz Fernando Conceição também fizeram questão de interromper as compras no centro mogiano para aderir ao movimento contra o Cadeião.
"Chega de violência. Mogi já tem muita cadeia", sintetizou o rapaz, em referência ao Centro de Detenção Provisória, no bairro do Taboão, e a Fundação Casa (ex-Febem), que está prestes de ser construída no Parque São Martinho, em Jundiapeba.

Fonte: http://www.diariodoaltotiete.com.br/

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