quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mogi |

» Publicada em 22|05|09

Luta contra o Cadeião continua

Júlia Guimarães
De Mogi

O posicionamento do governo do Estado de desistência de implantação do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) no bairro do Cocuera, em Mogi, deu fôlego novo às principais lideranças que levantaram a bandeira da luta contra o Cadeião na cidade. Apesar disso, as autoridades defendem a continuidade das mobilizações contra a construção da unidade prisional no município, independentemente do bairro em que o Estado pretenda instalá-lo.

O presidente da Câmara, Nabil Nahi Safiti (DEM) - autor de um projeto de lei que pretende proibir a construção de unidades carcerárias em todo o município -, informou que deve iniciar hoje a coleta de assinaturas para a elaboração de um abaixo-assinado contra o Cadeião. O documento está sendo preparado pela Assessoria Jurídica da Casa. "Se o Estado quiser construir em qualquer outro lugar do município, posso garantir que a Câmara não abandonará a luta pela não instalação do cadeião em Mogi". O vereador Jolindo Rennó Costa (PSDB), presidente da Comissão Especial de Vereadores (CEV) criada para promover articulações políticas contra o CPP, também deixou claro a posição de que as mobilizações continuarão. "Vamos aguardar o posicionamento oficial do governo do Estado. De qualquer forma, nós não queremos o CPP em nenhuma outra área. Esse é o ponto fundamental".
O deputado estadual Luís Carlos Gondim Teixeira (PPS) também informou ontem que buscará, com o governo do Estado, a confirmação oficial da notícia dada ao promotor de Justiça Marcus Vinícius Monteiro dos Santos. O parlamentar vai querer saber se há a intenção de escolha de outro terreno em Mogi. "Se o Estado quiser desapropriar outra área, eu vou continuar me colocando contra o CPP. A luta não acabou".

Sociedade civil
O comerciante e suplente de vereador Mauro Mitsuro Yokoyama (PTB), o Mauro do Salão, afirmou que a desistência do Estado de construir o CPP no Cocuera foi muito comemorada pela comunidade local. No entanto, ele destacou que os moradores continuarão a realizar a coleta de assinaturas de um abaixo-assinado encaminhado ontem a Gondim. "Não vamos parar, porque futuramente essas assinaturas poderão ser úteis. Se o Estado resolver construir o cadeião em outro local, nós teremos obrigação de ajudar".

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi, Marco Antonio Soares, afirmou que o novo posicionamento demonstrou a força da mobilização da sociedade. Ele afirmou que, caso o governo insista em construir uma unidade prisional em outra área da cidade, a OAB fará a análise técnica para poder se manifestar contra ou a favor. "Temos de participar desse processo para apontar eventuais restrições ou adequações do projeto. Só assim poderemos nos manifestar".

Fonte: http://www.diariodoaltotiete.com.br/

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