Mogi | Não ao Cadeião

Publicada em 17|06|09

Abaixo-assinado vai passar pelo comércio

Voluntários querem a adesão de comerciantes do centro e também do shopping ao movimento de repúdio à instalação do Centro de Progressão Penitenciária em Mogi

Marcelo Alvarenga

Listas ainda circulam pela cidade para que a população manifeste o repúdio ao Cadeião

NOEMIA ALVES
De Mogi

Funcionários da Câmara e também os integrantes de entidades que não concordam com a instalação do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Mogi das Cruzes sairão novamente às ruas hoje na tentativa de engrossar o abaixo-assinado em repúdio ao presídio que a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) cogita construir no distrito do Taboão, uma das áreas no município em análise pelo governo paulista.
Os voluntários vão percorrer as lojas do centro comercial, além do Mogi Shopping. O objetivo desta iniciativa, segundo informou o presidente da Comissão Especial de Vereadores (CEV) contra o Cadeião, Jolindo Rennó Costa (PSDB), é promover um "arrastão" pela área central e lojas do centro de compras, no Socorro.
"Vamos recolher assinaturas dos comerciantes, que devem ser os mais afetados com a vinda do Cadeião. A ideia é circular com o abaixo-assinado até o final de semana, de forma que todos os mogianos tenham condições de se manifestar", explicou.

O vereador acredita que a adesão ao movimento "Anticadeião" já ultrapassa a marca das 25 mil assinaturas. "Na reunião de ontem (anteontem) participaram 16 entidades, que somaram mais de 20 mil nomes. Ainda faltam as assinaturas de listas de alguns bairros, o que deve elevar esse número para 25 mil nomes. Uma marca surpreendente", avaliou o parlamentar.
Das entidades participantes no movimento, Rennó Costa destacou a UMC, que em uma semana reuniu quase 5 mil assinaturas por meio da adesão de funcionários e também de alunos. "É uma demonstração não apenas de amor pela cidade, mas também de preocupação com as consequências que um presídio poderá trazer", explicou.

Segundo o presidente da CEV, o próximo passo do movimento em repúdio ao CPP é a organização de um ato público, além do agendamento de uma audiência com o governador José Serra (PSDB).
"Temos de entregar esse abaixo-assinado diretamente nas mãos do governador para que ele intervenha nesse assunto. O secretário da SAP (Lourival Gomes) deve receber uma cópia, mas ele não é o foco da nossa mobilização. Afinal, sem responder ao ofício da Câmara, protocolado há mais de um mês, e não ter agendado nenhuma nova audiência ou discussão pública do assunto, é praticamente impossível que ele ouça o nosso coro de ´Fora Cadeião´", afirmou o vereador.

Fonte: http://www.diariodoaltotiete.com.br/