quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Itaquá | Segurança

» Publicada em 16|06|09

Estado analisa área em Itaquá para CPP
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, uma empresa já fez estudos num terreno onde o Cadeião pode ser instalado
Osvaldo Birke
Área cotada para receber o Centro de Progressão Penitenciária fica na divisa com Arujá

Khadidja Campos
De Itaquá

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Estado, por meio da Assessoria de Imprensa, confirmou a intenção da construção de um Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Itaquaquecetuba. A pasta solicitou uma avaliação de um terreno na cidade, cuja localização ainda não foi divulgada, para a Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS). Uma vistoria no local já foi feita.

O processo estaria passando por apreciação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, para análise das questões ambientais. A SAP confirma a possibilidade desta instalação, mas ainda não haveria nenhuma decisão fechada. A assessoria esclareceu que o local será divulgado somente se aprovado internamente e publicado no Diário Oficial. O DAT entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente e, segundo foi informado, ainda não foi dada a entrada para nenhum licenciamento de presídio em Itaquá.

O que se comenta nos bastidores é que a construção deverá ser no Jardim América, na mesma área onde foi implantada uma unidade da Fundação Casa. O prefeito Armando Tavares Filho (PR), o Armando da Farmácia, não foi localizado para falar sobre o assunto, mas ele já deixou claro anteriormente que a cidade receberá a estrutura se houver alguma contrapartida do Estado ao município. O secretário municipal de Governo, Luiz Ferreira, disse que o prefeito continua aberto para conversações com o governador José Serra (PSDB) sobre o assunto.

O CPP abrigaria detentos em regime fechado e semiaberto, ou seja, eles poderiam sair de dia e voltar à noite para dormir. A construção custaria cerca de R$ 35 milhões. A previsão é de que o CPP gere aproximadamente cem empregos.

O assunto da implantação de um Cadeião no Alto Tietê começou a ser discutido no ano passado em Mogi das Cruzes. A cidade possui dois terrenos que estavam cotados para a construção de um Centro de Progressão Penitenciária. No entanto, a prefeitura e a sociedade civil têm feito uma série de ações para deixar bem claro que o município não tem interesse em abrigar o equipamento de segurança.




Abaixo-assinado
Um total de 20.124 mogianos aderiu ao abaixo-assinado promovido na cidade contra à possível instalação de um CPP. O número é bastante próximo à meta de recolhimento de 30 mil assinaturas e foi revelado ontem, na Câmara, durante o primeiro balanço oficial do movimento. Durante a reunião ficou decidida a formação de uma comissão de representantes da sociedade civil para discutir com os vereadores os próximos passos da mobilização. Entre eles, está a fixação de uma data para a entrega oficial do abaixo-assinado ao Estado e a organização de um ato público, que pretende ser um grande manifesto contra o Cadeião. Também ficou definido pela ampliação da coleta de assinaturas por meio da divulgação pela Internet e da distribuição de listas em condomínios. Os vereadores deverão entrar em contato com lideranças e síndicos para pedir apoio no recolhimento do abaixo-assinado.

Fonte: http://www.diariodoaltotiete.com.br/

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