Mogi | CPP

» Publicada em 10|07|09

População repudia Cadeião em Mogi

Daniel Carvalho

Movimento contra o Cadeião foi realizado ontem no Taboão

Júlia Guimarães
De Mogi

A população de Mogi das Cruzes manifestou ontem, mais uma vez, o forte sentimento de repúdio que tomou conta da cidade nos últimos meses contra a intenção do governo do Estado de construir de um Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Mogi. O posicionamento de contrariedade à instalação do presídio foi ratificado durante o primeiro ato público organizado pelo movimento "Cadeião Não". O evento foi realizado durante a tarde de ontem no distrito do Taboão, local escolhido simbolicamente por estar sendo sondado pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para receber a unidade prisional.

Aproximadamente 50 pessoas compareceram ao ato público, realizado no Colégio Hermon. Agricultores e moradores da região do Taboão e do Itapeti, além de membros de entidades representativas da sociedade civil, participaram do debate e ajudaram a definir os próximos passos da mobilização. Ao final do evento, definiu-se pela entrega ao governo do Estado das mais de 30 mil assinaturas coletadas até o momento para o abaixo-assinado contra o Cadeião. No entanto, o recolhimento dos nomes não será suspenso e continuará mesmo após a entrega parcial das listas para que se chegue à meta de 40 mil nomes.

A primeira entrega do abaixo-assinado deverá ser feita ao secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, em audiência ainda sem data definida. O deputado Luis Carlos Gondim Teixeira (PPS) havia marcado a reunião para a próxima terça-feira, às 14 horas, mas a SAP desmarcou o compromisso porque o secretário teria uma reunião com o governador José Serra (PSDB) no mesmo horário. De acordo com o parlamentar, a nova data será marcada na próxima segunda-feira com a assessoria de Lourival Gomes.

Durante a audiência, o deputado e os representantes do movimento "Cadeião Não" farão não apenas a entrega das assinaturas, que mostram a pressão popular contra o presídio, mas também um documento que apresentará ao governo do Estado as razões técnicas que justificam a não instalação do presídio em Mogi. O parecer será elaborado nos próximos dias com a ajuda dos advogados do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Olavo D´Câmara e Laerte Silva, que estavam presentes.

Fonte: http://www.diariodoaltotiete.com.br/